quarta-feira, 2 de novembro de 2011

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Tire essa espada das minhas mãos.
Não vê que não posso mais lutar?
Não vê o quão ferida estou ?Não vê que pode sorrir agora ?

Você ganhou e eu...eu perdi. Se quiser crave sua espada em meu coração e 
acabe com toda essa dor e sofrimento que sinto.
Mas se não quiser suja-la com meu sangue,vou entender.
Parta cavaleiro negro...esta ficando tarde. 
De qualquer forma estarei mesmo morta ao amanhecer .
                                                               Mari Cavalcanti.

domingo, 16 de outubro de 2011

A triste paz.

                  Lá estava ela.Olhando mais uma vez nos olhos negros de uma noite fria e sombria.O silêncio da madrugada lhe sussurrava ao pé do ouvido,palavras tolas e sem sentido,só que esta era apenas mais uma coisa sem sentido em sua vida.Lágrimas lhe beijavam a face e o ódio lhe beijava a boca,boca esta que um dia o amor também beijou.Já não havia mais sentimentos bons,e a moça bonita era apenas tristeza e dor,decepções e desilusões.Ela caio no mar negro da solidão e foi afundando lentamente.Cada vez mais distante da superfície ,indo cada vez mais fundo.Ela não conseguiu emergir ,se afagou e o tubarão de olhos vermelhos comeu seu coração.
                A noite que parecia não ter fim finalmente acabou.O amanhecer até tarda mas logo vem.Os raios de sol invadiram seu quarto pelas janelas que ela havia esquecido abertas.O silêncio calou-se ,e já não havia vozes a lhe torturar.Agora os pássaros cantavam e quem sabe conversavam sobre os gritos vindos daquele quarto na noite que findou.Já não haviam lágrimas em seus olhos nem em sua face.Já não havia dor,nem agonia,nem desespero,nem raiva,nem soluçar.Já não havia sentimentos ruins.Via-se em sua face uma expressão a tanto tempo não vista,quase esquecida.Ela estava tranquila deitada em sua cama.Ela estava em paz.A calma parecia ter dominado todo aquele lugar.Sua beleza agora parecia mais viva naquela pele tão macia,lívida... e fria.Ela dormia.Um sono leve,mas não breve.Um sono doce...e eterno !Ela estava morta !

                                  Mariana Ferreira Cavalcanti.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Valsa escarlate.

     Fechados estavam os seus olhos.Ela já não queria mais ver.Em seus lábios restavam as últimas gotas de vinho.O relógio quebrado não mais contava o tempo.A atmosfera daquele lugar cheirava a morte.Não se sabia ao certo a quantos dias o sol não entrava naquele quarto,agora frio e sombrio.
     Lembranças e dor se misturam.Lágrimas se uniam ao sangue formando um misto de tristes líquidos.Ela gostaria que ele estivesse ali segurando suas mãos que pouco a pouco iam ficando cada vez mais fria.Mas ele nunca esteve onde deveria estar.
      Olhá-lo por uma última vez era seu maior desejo naquele momento.Seu grande e único desejo...mas um dos que nunca foram e seriam realizados.Já não restava muito tempo.
      Abriu os olhos.Não eram estas as últimas imagens que ela queria ter na mente.Lágrimas rolavam em sua face morrendo em seus lábios trêmulos.O passado estava tão presente ali.E o presente era tudo o que ela lutava  pra esquecer.Sempre lutou.Olhou-se no espelho pela última vez e se deparou com um fantasma de uma garota que havia morrido aos poucos,sem que ninguém notasse nada.As pessoas são mesmo cegas para o que deveriam ver. Sozinha como sempre viveu,morreria ela.Sozinha por toda uma vida e agora talvez por toda a eternidade.Nem mesmo ela sabia qual era o seu destino após o fim.
      Ela olhou para a foto dele.E tocou seu rosto o manchando de sangue.Sorrio ainda que chorando.Tentou falar,suspiros saíram de sua boca até que pode-se ouvir claramente suas últimas palavras: "Sangue e fogo.Amor e dor.Perdi-me nos labirintos da tua alma ao te olhar nos olhos aquela tarde até que a morte me encontrou ".E essas foram suas últimas palavras,talvez fruto de um poema ou poesia qualquer que compôs em um momento de grande tristeza ,sua maior fonte de inspiração ou talvez uma tentativa de expressar o que sentia uma última vez,até que o peso da morte lhe caísse sobre os olhos.
     Ela estava morta.A taça caiu de sua mão esquerda.E agora valsavam os pedacinhos de cristal junto aos pedacinhos de seu coração,sobre o resto de vinho e o sangue que há alguns minutos atrás corria em suas veias e agora não passava de uma mancha vermelha naquele chão.

                            Mariana Cavalcanti.
   

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Rest.


Pergunto-me o que restou de mim ?
Pensamentos confusos e desejos perdidos ?
Dúvidas e incertezas ? 
Sonhos destruídos e um coração partido?

Apenas lembranças do que não aconteceu?
Apenas saudades do que deveria acontecer ?
O que restou de mim ?
O desejo de encontrar você ?

Nada restou de mim !
Não há sequer um pedaço meu
Posto que tudo em mim és tu
Tudo em mim é teu

De mim nada restou de tu nada se foi
Continuas aqui em tristeza, em saudade
Em dor, em desejo ,em mágoa
Continuas aqui em vontade

Eis aqui o passado e o presente
Eis aqui a sombra do meu ser
E de mim o que restou?
De mim restou você !!

                                          Mari Cavalcanti 07/06/2011

domingo, 22 de maio de 2011


Meus olhos andam tristes por não poder te ver.
Amargurados estão meus lábios sem poder encontrar os teus.
Minhas mãos estão frias sem as tuas para aquece-las e
minha alma...pobre alma!
Anda sombria e solitária por este tempo que eu desconheço.
O tempo não para e o meu parece que parou faz tempo.
Cada segundo,minuto,cada hora que passo sem tua presença
é tortura,é dor, é sofrer.
De sonhar estou perdida de acreditar já sou mentira.
E o desejo de matar essa vontade de ter em meus braços
parece que não findará.

Desmesurado amor.. desmedida paixão...triste solidão !
Frio coração...incessante dor e sofrer.
A tristeza fez-me sua morada.
Desde que eu não tenho seu amor.
Então vem me amar.
Ouve o meu clamar.
Eu te peço...por favor!

                                         Mari Cavalcanti      02/2011

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Portrait torn.


Minhas lágrimas não posso conter.
Esta noite olhei-me no espelho.Vi você.
A dor que sinto não posso diminuí-la nem expressa-la.
Ninguém a entenderia a menos que sentisse-a também.
Rasguei as tuas fotos que guardava em meu diário.
Arranquei as fotos que ostentava em minha parede
com a legenda "Meu amado".
Simplismente rasguei teu rosto,teu corpo...Você.
Pra te esquecer um pouco mais.
Mas foi então que vi mil pedaços seus espalhados em meu chão.
Cai de joelhos.
Peguei cada pedacinho...
As migalhas que de ti restaram e eu as joguei aos ventos.
Você e seus pedaços se foram...
Da minha parede,do meu diário do meu quarto.
Mas tu não se foste de mim.
Olhei-me no espelho e você estava lá.
Como eu ei de te esquecer ?
Se no fundo eu não quero que você vá.
Eu preciso que fique.
Mesmo sabendo que talvez eu tenha que seguir sem você...



                                                 Mari Cavalcanti  28/01/2011

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

My friends.



Foi por eles que sentei-me aqui esta noite para escrever. Para meus queridos,amados e estimados amigos.Sinto que cada vez mais estou longe das palavras certas para descrevê-los.
Meus amigos!!
Pessoas que cruzaram meu caminho mas que não se foram,permaneceram aqui.Alguns sempre presentes outros um pouco mais distantes.Mas posso senti-los sempre perto...
Meus amigos!!
Uns meio chatos,convencidos,faladores.Outros legais,calmos,modestos.Alguns super sinceros e outros não tão sinceros assim.Uns mais realistas,outros mais utópicos...Mas todos estes me alegram em certos momentos.Fazem meu celular tocar minha música preferida.Me fazem sorrir e até chorar quando preciso disso.Riem comigo,riem pra mim,riem de mim.Choram em meu ombro e enxugam minhas lágrimas.Me divertem.Nos divertimos.Me aconselham...ouve meus conselhos.Se metem na minha vida mas só querem me ver feliz.Me abraçam...Me trazem alento,forças pra viver e encarar a face pálida dos dias frios.
Meus amigos!!
Todos vivem dentro de mim.E sei que sem eles eu me resumiria em apenas mais alguém solitária e infeliz.
Porquê a felicidade multiplica-se quando dividida.Ninguém é feliz sozinho.Eu não sou feliz sem ter vocês.
Meus amigos,meu colegas,meus parceiros,meus chatos...MEU TUDO.
Eis aqui algumas palavras.Apenas isso...Palavras que nem de longe serão capazes de demonstrar tudo o que sinto e o que vocês são pra mim.

Amo todos vocês na devida e correta proporção.

         

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Saudades.



Sinto saudades.
Pra ser exata saudades de não sei o quê.
Apenas saudades...
Talvez da lua em minha janela.
Das estrelas que contei.
Das palavras que ouvi
e daquelas que me incomodavam
por não ter coragem de proferi-las.
Talvez dos meus sonhos infantis.
Das histórias que me foram contadas.
Talvez da borboleta que vi em meus devaneios
No jardim da tua casa.
Talvez das estrelas que almejava tocar
no céu da tua boca.
Sinto saudades...
Talvez de você.
Talvez de mim,do que eu fui um dia
ou do que eu achei que seria.
Saudades...
Até mesmo daquela saudade
que em outrora eu sentia.

                                               Autora: Mari Cavalcanti   08/11/2010